Em muitas universidades ao redor do mundo, é comum encontrar casas de apostas em seus campi. Muitas vezes, esses locais são frequentados pelos estudantes universitários, o que pode trazer consequências negativas como o vício em jogos de azar.

Segundo estudos realizados, a incidência desse comportamento de risco entre a população universitária é de aproximadamente 5% a 10%, podendo chegar a índices ainda maiores em algumas áreas de estudo.

Muitos jovens recorrem aos jogos de azar como uma forma de mudar a rotina e aliviar o estresse, em busca de novas emoções e sensações. No entanto, quando não controlado, esse comportamento pode se transformar em um vício e gerar consequências graves para a vida pessoal e acadêmica do estudante.

Os jogos de azar são considerados uma doença, classificada como transtorno mental e comportamental. O Ministério da Saúde brasileiro define o jogo patológico como comportamento caracterizado pela presença de um número crescente de episódios em que uma pessoa se sente compelida a jogar, quanto mais consequências negativas isso traga para sua vida pessoal, financeira e social.

No âmbito universitário, esse comportamento de risco pode ser influenciado pela presença de casas de apostas no campus, que acabam adquirindo um caráter de espelho da sociedade, fornecendo opções de entretenimento e prêmios para os estudantes.

Diante deste cenário, é importante para as universidades promover ações de prevenção e conscientização, destacando os riscos e consequências dos jogos de azar, além de oferecer suporte para aqueles que já estão sofrendo com o vício.

Entre as estratégias utilizadas pelas universidades, estão palestras educativas, campanhas de conscientização, apoio psicológico aos estudantes vulneráveis e a criação de ambientes saudáveis, que ofereçam outras formas de lazer e entretenimento.

Além disso, é necessário um trabalho integrado com os órgãos públicos de saúde, para que a prevenção e tratamento do vício em jogos de azar seja fortalecido e possa ser tratado como uma questão de saúde pública.

Em suma, é importante que as universidades reconheçam a gravidade do problema da relação entre academia e jogos de azar e promovam ações que ajudem a prevenir e lidar com o vício em jogos entre estudantes. Com o apoio dos diversos setores da sociedade, é possível reduzir os casos de transtornos mentais e comportamentais, melhorar a qualidade de vida dos estudantes universitários e garantir um ambiente acadêmico saudável e equilibrado.